sábado, março 14, 2009

«A Madeira e a Música: Estudos (c. 1508 - c.1974)» - Coord. Manuel Morais

Edição: Funchal 500 Anos
Idioma: Português
Formato: 17 x 24 cm
Páginas: 682
ISBN: 978-989-8182-04-3
Preço: 33 €
A Madeira e a Música: Estudos (c. 1508-c.1974), reúne um conjunto de dezassete textos que poderão constituir um primeiro passo para uma futura “História da Música na Madeira. Coordenado por Manuel Morais, tangedor de instrumentos de corda dedilhada, musicólogo, professor e investigador, este volume inclui trabalhos de autores madeirenses, nacionais e de dois estrangeiros, um russo (Platon de Vacksel), que viveu na Madeira entre 1862 e 1870, e dois norte-americanos, um deles (Jim Tranquada) descendente de madeirenses e trineto de Augusto Dias, pioneiro do ukulele. Todos reflectem sobre a riqueza e variedade que têm caracterizado a criação e a prática da música popular e erudita na Região, desde a especificidade dos seus instrumentos («Os Instrumentos Populares de Corda Dedilhada na Madeira», de Manuel Morais, «Um Método Desconhecido para o Machete Madeirense», John King) ao talento dos seus mestres criadores («Agostinho Sabino de Freitas Menezes (1903-1983): Mestre de Ofício Violeiro», de Danilo Fernandes). Os instrumentos e práticas musicais são ainda abordados a partir da perspectiva da sua representação pelas artes visuais por Isabel Santa Clara, no artigo «Olhar a Música. Uma Perspectiva sobre a Iconografia Musical na Madeira».
Não foram esquecidos a música religiosa («Música Religiosa na Madeira», de João Arnaldo Rufino da Silva) e erudita («O Tenor Madeirense Lomelino Silva (1892-1967): Os Anos Dourados de uma Carreira Ímpar no Mundo do Canto Lírico», de Duarte M. Barcelos Mendonça), nem o contributo dos agrupamentos musicais e associações dos vários concelhos da região («Grupos Musicais Madeirenses entre 1850 e 1974», de Manuel Pedro S. Freitas e «Recreio Musical União da Mocidade», de Eurico Martins). A relação íntima entre a música e o que pode ser designado por entretenimento de sociedade são abordadas por Paulo Esteireiro («O Repertório dos Bailes Funchalenses na 2ª metade do século XIX: As Composições e Orquestrações de Anselmo Serrão e Augusto Miguéis) e por Vítor Sardinha («A Música ao Vivo nos Hotéis da Madeira»).
A divulgação das criações musicais não se faz sem divulgadores e, a este nível, figuras como Luiz Peter Clode, na música erudita e no ensino da mesma («Luiz Peter Clode e a sua Importante Faceta no Panorama Musical Madeirense», de José Vieira Gomes), e de Carlos Maria dos Santos e da Associação Xarabanda, no âmbito da investigação e da divulgação da música tradicional e de cariz etnográfico («Carlos Maria dos Santos (1893-1955):da Investigação à Divulgação do Folclore Madeirense», de Danilo Fernandes e «O Xarabanda e a Revalorização da Música Tradicional Madeirense», de Jorge Torres e Rui Camacho) são referências incontornáveis.
A música, seja ela erudita, tradicional ou popular, executada nas igrejas, em salas de concerto ou de hotel, em locais de diversão ou nas ruas e praças da Região, nunca esteve arredada do quotidiano dos Madeirenses, tendo deixado uma marca indelével na sua vivência e na sua cultura e vencido até a barreira da distância, como fica bem patente nos contributos de John King, «A História das Origens do ukulele Havaiano», e de Susana Caldeira, «Da Madeira para o Hawaii. Um Contributo Musical».

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