Idioma: Português
Formato: 17 x 24 cm
Páginas: 783
ISBN: 978-989-8182-06-7
Preço: 33 €
Paulo Miguel Rodrigues, jovem historiador madeirense e professor auxiliar na Uma- Universidade da Madeira tem centrado os seus trabalhos de investigação no século XIX português, em particular na História da Madeira dos séculos XIX e XX, abordando em particular as questões da Autonomia, da presença britânica e da importância múltipla da Ilha no espaço atlântico português. Depois do contributo fundamental e inovador que foi a sua dissertação de mestrado sobre a Madeira durante as guerras napoleónicas, onde procede a um minucioso enquadramento internacional da questão e aborda as alianças na Europa, os blocos que se construíam, a hegemonia continental da França e o domínio marítimo inglês, decidiu prosseguir o seu estudo do século XIX madeirense e português numa dissertação de doutoramento, que constitui o fundamental do presente livro e se impõe como um novo e importante contributo para a história do liberalismo no país e no arquipélago. Situando-se agora no período entre 1820 e 1842, uma época histórica pouco estudada, o autor cruza no seu trabalho a história política, a história económica, a história social e a história da cultura com o objectivo de compreender as relações de poder e da influência britânica no espaço insular madeirense. Este excelente e valioso documento escorado num sólido suporte documental proveniente de arquivos regionais e nacionais e do imprescindível Public Record Office, é, por isso um exercício de reflexão sobre os efeitos concretos do exercício do poder e da influência britânica na Madeira e sobre as suas consequências para a realidade interna da ilha, para as relações luso-britânicas e anglo-madeirenses, tanto no particular (do indivíduo, da Casa comercial, da Firma e da comunidade residente), como no geral (das relações externas, institucionais e diplomáticas entre Portugal e a Inglaterra.Com este seu trabalho, Paulo Miguel Rodrigues produz um excelente e bem documentado contributo para a compreensão da primeira metade do nosso século XIX, época de charneira em que se revelam, com todos o seus dramas e contradições, as enormes dificuldades em construir um Portugal moderno e desenvolvido. Estamos, assim, perante um notável contributo para um melhor conhecimento da História Contemporânea da Madeira, que não só alarga os limites da historiografia regional para além do açúcar e do vinho, como também lança novas vias de investigação, fazendo emergir assuntos que urge conhecer e investigar e que realçam o carácter multifacetado da História da Madeira e a projectam à escala nacional e internacional.